N O S T A L G I A ?
Nesta tarde, enquanto revirava as gavetas da velha
cômoda, no intento de encontrar um antigo documento, me deparei com um crachá,
há quase dez anos ali abandonado.
Segurando-o nas mãos por algum tempo, recordei vários
aspectos vividos há 34 anos e meio de atividades na mais conceituada empresa de
energia elétrica do Estado do Paraná.
Admitido na Companhia Paranaense de Energia COPEL, em
setembro de 1975, sob o registro 12098, meu primeiro ano de atividade como
operador de uma PCH, pequena central hidrelétrica, a antiga Usina Cavernoso,
por ser alimentada pelas águas do rio com o mesmo nome.
Quantas histórias vividas naquele lugar, como diria o
gaúcho: “um fundo de grota”. Sim, a casa de comércio mais próxima ficava há
18km, numa pequena vila, hoje município de Virmond. Neste lugar existia
mercado, moinho, bodega, Igreja e Colégio onde nós estudávamos, inicialmente
conduzidos por uma Rural, depois por um jipe Toyota. De vez em quando esse
trecho era percorrido a pé por cerca de três horas de caminhada, pois não havia
outro meio de transporte, até por conta das estradas péssimas, lamacentas,
curvadas e íngremes.

A Ideia de difundir a música, me fez adquirir uma rádio
AM, cujo transmissor valvulado de propriedade do Pessato em Mangueirinha,
funcionou por um longo tempo como a emissora de rádio daquela cidade e depois
fora cassada pelo antigo DENTEL por irregularidades. Lá no Cavernoso pegava
bem. Eu tinha apenas o curso primário,
mas a comunicação jorrava nas minhas veias.

No ano seguinte, fui transferido para Laranjeiras do Sul,
como operador de subestação 69kV, função que foi extinta por conta das
automações.
Confesso que depois vou segurar o crachá novamente, pois
ainda tem muita história boa pra ser contada.
Quem tem memória tem história. Ou quem tem história tem memória.
ResponderExcluirMuito gostoso recordar as coisas boas da vida.
Muito bom parabéns
ResponderExcluirLembrar é viver!
ResponderExcluirMuito bacana sua trajetória na nossa querida empresa.